terça-feira, 6 de junho de 2017

Técnicas para expedição de materiais

Modais de Transporte

1. Rodoviário

O transporte rodoviário é caracterizado pelo uso de veículos como caminhões e carretas realizados em estradas de rodagem. Este por sua vez pode ser realizado em território nacional ou internacional, ou seja, utilizando estradas de vários países na mesma origem. O modal rodoviário sendo utilizado no território nacional costuma ser nomeado como transporte doméstico, em que corresponde ao percurso entre porto e embarcador ou consignatário. Nesse percurso o modal rodoviário, geralmente, é utilizado para o transporte de produtos industrializados por possuírem um maior valor agregado, e também em função da confiabilidade que apresenta. No entanto, produtos agrícolas, como a soja, também são transportados freqüentemente pelas rodovias, com maior freqüência em épocas de safra, mas, principalmente, devido à falta de capacidade das ferrovias e de outras características dos demais modais de transporte que inviabilizam a utilização, características essas que serão elucidadas ao decorrer do artigo. Já o transporte internacional de cargas é realizado por empresas credenciadas pelo DNER, e tal como já foi abordado, utiliza estradas de vários países, ou seja, tanto em importações quanto em exportações, e no território brasileiro se evidência essas transações com os países da América do Sul.

1.1. Tipos de Rodovias

As rodovias podem ter pista simples, quando os veículos a utilizam em dois sentidos para circular (mão dupla); pista dupla, quando há duas faixas divididas por uma barreira física ou pista múltipla com três ou mais faixas para movimentação. As rodovias são classificadas em:
  • Rodovias Internacionais - são aquelas que são utilizadas por mais de um país;
  • Rodovias Federais - elas são identificadas pela sigla BR, acrescida de três algarismos. Podem ser classificadas de radiais (da capital federal aos extremos do país), longitudinais (estradas norte-sul), transversais (estradas de leste-oeste), diagonais (direção noroeste-sudeste ou nordeste-sudoeste) e rodovias de ligação (fazem a ligação com rodovias federais);
  • Rodovias Estadual - são aquelas utilizadas principalmente por um estado, sendo construídas, mantidaa e conservadas por ele;
  • Rodovias Municipal - são utilizadas pela população local, criadas e reformadas pelos municípios.

1.2. Veículos de Transporte

  • Caminhões: compostos por cabine e carroceria são veículos que podem se diferenciar pela capacidade de carga e tamanho. Podem ser caminhão semi-pesado (toco), caminhão pesado (truck), caminhão extra-pesado (cavalo mecânico) ou cavalo mecânico trucado (LS);
  • Veículo Urbano de Carga (V.U.C): caminhão de pequeno porte próprio para ser usado em áreas urbanas;
  • Carretas: veículo cuja unidade de tração (cavalo mecânico) e carga (semi-reboque) são separados. Os semi-reboques podem ser fechados e são chamados de baús ou siders (podem carregar produtos perecíveis quandos são refrigerados), abertos (fazem transporte de produtos não perecíveis - cargas secas. Ex.: madeiras), cegonheiros (transportam veículos. Ex.: carros.), tanques (levam carga líquida ou gás liquefeito) e plataformas (ou chassis são aqueles que carregam maquinários).

2. Aéreo

O transporte aéreo é um modal ágil e recomendado para mercadorias de alto valor agregado, pequenos volumes e encomendas urgentes.

É competitivo para produtos eletrônicos, como por exemplo, computadores, softwares, telefones celulares, etc., e que precisam de um transporte rápido em função do seu valor, bem como de sua sensibilidade a desvalorizações tecnológicas 


É mais adequado para viagens de longas distâncias e intercontinentais.

2.1. Tipos de Navegações Aéreas

O transporte aéreo é o único dentro de sua característica, sua atividade, devido à velocidade, envolve com facilidade e rapidez vários países. Pode ser dividido como segue:
  • Internacional – transporte envolvendo aeroportos de diferentes países, isto é, aquele que representa operações de comércio exterior.
  • Nacional – denominado de transporte doméstico ou de cabotagem, embora este termo não seja muito utilizado, que faz a ligação entre aeroportos de um mesmo país.
Embora diferentes nos seus conceitos, as duas assemelham-se quanto à segurança e operacionalidade. Seguem os mesmos princípios, tanto para as cargas domésticas, quanto às cargas internacionais, e são baseados em normas da IATA (international Air Transport association) e em acordos e convenções internacionais.

2.2. Tipos de Aeronaves

As aeronaves subdividem-se em:
  • All Cargo ou Full Cargo: uso exclusivo para transporte de carga, pois apresenta uma capacidade maior de transporte de mercadorias, utilizando o deck superior e inferior.
  • Combi: transporte misto. Utilizadas para transporte conjunto de passageiros e cargas, podendo ser tanto no andar inferior quanto no superior.
  • Full Pax: avião de passageiros. O deck superior é utilizado exclusivamente para transporte de passageiros, e o inferior, destinado ao transporte de bagagem. Na eventual sobra de espaço é preenchido com carga.

3. Marítimo

O Transporte Marítimo é uma das modalidades dos transportes aquáticos (ou aquaviários) que ocorrem nos mares e oceanos por meio de embarcações (barcos, navios, caravelas, transatlânticos), sendo muito utilizado para o transporte de pessoas e cargas a curtas e longas distâncias.

De tal modo, é o principal tipo de transporte internacional para a comercialização de diversos produtos, donde cerca de 90% das mercadorias são transportadas por vias marítimas.

3.1. Tipos de Navegações Marítimas

De acordo com o itinerário realizado, o transporte marítimo pode ser:

  • Cabotagem: Também chamado de “Transporte Costeiro”, esse tipo de transporte é doméstico, posto que é realizado somente entre os portos do território nacional.

  • Internacional: Também chamado de “Transporte de Longo Percurso”, o nome já indica que a distância é maior, sendo esse transporte realizado entre portos nacionais e internacionais.

3.2. Tipos de Navios

  • Navios de Carga Geral/Cargueiros: São os navios que transportam vários tipos de cargas, geralmente em pequenos lotes. Têm aberturas retangulares no convés principal e cobertas de carga chamadas escotilhas de carga, por onde a carga é embarcada para ser estivada nas cobertas e porões.

  • Navios Porta Contêineres: São os navios semelhantes aos navios de carga geral, mas normalmente não possuem além de um ou dois mastros simples sem paus de carga. As escotilhas de carga abrangem praticamente toda a área do convés e são providas de guias para encaixar os contêineres nos porões. Alguns desses navios apresentam guindastes especiais.

Embalagem

Embalar um produto é dar-lhe forma para sua apresentação, proteção, movimentação e utilização, a fim de que possa ser comercializado e manipulado durante todo o seu clico de vida. A embalagem precisa ser idealizada, levando-se em conta que uma mercadoria, normalmente, passa por três fases de manuseio:
  • No local da produção, quando será embalada e armazenada;
  • No transporte, quando sofrerá os efeitos do seu deslocamento de um ponto a outro, incluindo os transbordos;
  • No seu destino final, quando terá outras manipulações.
As embalagens devem visar à proteção da mercadoria durante transporte, movimentação, armazenagem, comercialização e consumo. Elas podem ser primárias ou secundárias:

Embalagem primária
Embalagem de consumo que protege diretamente o produto. Tem finalidade de identificar, informar as características; demonstrar o modo de uso; conferir uma aparência atraente para a venda e apresentar o produto, já que muitas vezes isto não será possível sem uma embalagem. A embalagem pode ter os mais variados tamanhos e formatos, e ser constituída de vários tipos de materiais, como vidro, plástico, alumínio, papel, papelão, PET (polietileno tereftalato), etc.

Embalagem secundária
A embalagem secundária visa unitizar as embalagens primárias em pequenas unidades, de maneira uniforme, permitindo a sua comercialização, possibilitando ou facilitando a manipulação mais adequada da mercadoria.


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